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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Treino de Oralidade

Momento de Oralidade:

Leitura:
“Passava o meu tempo a limpar ferimentos ensanguentados, a lavar feridas, a suturá-las e a engessar membros partidos. Com cada paciente, ficava a saber mais sobre a guerra e os combates. Alguns dos feridos eram negro-africanos, ao passo que outros pertenciam a tribos árabes. Estava a tratar pessoas dos dois campos adversários.
Havia poucos médicos negro-africanos no hospital e apercebi-me de que podia ajudar o meu povo, assegurando-lhe um bom tratamento. Este aspecto reforçava o sentido de urgência do meu trabalho. Comecei a trabalhar cada vez mais. Comecei a ir para a enfermaria à noite para poder ouvir história dos «meus» doentes e confortá-los. Mudei-me de casa do meu tio para o dormitório do hospital para poder estar perto deles.
Gradualmente, começou a correr o rumor de que havia uma jovem médica negro-africana no hospital junto de que os darfuris feridos podiam procurar ajuda. Fiquei a conhecer todo o horror da guerra.”

BASHIR, Halima. Lágrimas do DARFUR. Albatroz/Porto Editora. Fevereiro de 2009. 1ªEdição.



Dissertação:
Tema: Personalidade
Na minha opinião a nossa personalidade, vai-se formando ao longo da nossa vida. Com tudo o que passamos, lidamos no nosso dia-a-dia ou em casa, ou também, muitas vezes, com desgostos que temos que nos põem tristes. A nossa personalidade é formada por defeitos e qualidades. Defeitos esses como o orgulho e o ciúme. O orgulho muitas vezes é mau e é então que temos que ser interiormente mais fortes que ele, pois precisamos de pedir desculpa quando devemos, temos de ter forças para dar o braço a torcer, porque muitas vezes o orgulho não é maior que aquilo que sentimos por essa pessoa e não é com o pedir desculpa que nos vamos tornar inferiores. O ciúme também é mau, pois apesar de nós muitas vezes sermos ciumentos com uma pessoa por causa de outras anteriormente nos terem falhado em termos de confiança, não devíamos ser assim, pois nem todos somos iguais e temos de confiar nas pessoas para elas confiarem também em nós. E com isto posso concluir que se nós formos fortes conseguimos ultrapassar certos defeitos, vindo porém assim a ganhar qualidades.



Improvisação:
Tema: O selo do vento
O selo serve para marcar as cartas, como o vento muitas vezes serve para nos indicar caminhos não visíveis mas sentidos, caminhos que muitas vezes por situações distintas nos deixam marcados. Como uma pomba que antigamente transportava cartas, cartas essas que eram conduzidas ao seu destino através do vento, e que muitas vezes marcavam a pessoa que as recebia.
O vento consegue marcar-nos de uma maneira ou de outra porque o conseguimos sentir, como um selo, a única diferença é que só conseguimos ver o selo, porque o vento apenas se sente.


Patrícia Oliveira
Nº 19 10ºA

terça-feira, 23 de março de 2010

Treino de oralidade

Dados do livro: SHARMA, Robin. O MONGE QUE VENDEU O SEU FERRARI. Ed. Pergaminho. Lisboa-Portugal. Fevereiro de 2004. 1a Edição.



Excerto que li do livro:
«Antes de passar do jardim ao próximo elemento da fábula mística do Iogui Raman, tenho de ensinar-te mais um segredo que te ajudará muito no teu crescimento pessoal. Este segredo baseia-se no princípio antigo de que tudo é criado duas vezes, primeiro na mente e depois na realidade. Já te disse duas vezes, primeiro na mente e depois na realidade. Já te disse que os pensamentos são coisas, mensageiros materiais que enviamos para influenciarem o nosso mundo físico. Também já te expliquei que, se queres melhorar consideravelmente o teu mundo exterior, tens de começar primeiro por dentro e mudar a qualidade dos teus pensamentos.»



Tema que eu desenvolvi:
Comparei este livro com outro livro e filme que se chama “O Segredo” e disse o que tinham em comum; ambos falam de criarmos os nossos projectos e que esse processo tem dois níveis: o mental,  em que nós pensamos no projecto, pode ser uma coisa quase impossível, mas não vai ser por isso que vamos deixar de tentar e depois vem o nível físico que se trata de concretizar o trabalho dentro da nossas limitações.

                                                      (Farge)

Tema sugerido pela Professora “Os Segredos”:
Eu desenvolvi este temas da seguinte maneira: falei que há segredos que doem muito, por isso são considerados íntimos, muitas das vezes nem mesmo aos nossos/as melhores amigo/as contamos, porque é algo que nos fez sentir vergonha, medo, nojo, prazer, não interessa realmente o que se sente a não ser que o queiramos deitar esse sentimento fora. Então temos de o identificar para depois nos livrarmos dele. Se não queremos dizer nem ao nosso/a melhor amigo/a, mas realmente queremos deitar aquilo cá para fora, desabafamos fazendo desenhos sobre se assunto, escrevendo no diário manual ou digital, olhando para dentro de nós e tentando resolver esse problema pondo em vez de dúvidas, soluções e tentando viver ao máximo a vida, porque ela pode acabar quando menos pensamos.

Bruno, 10 A

Treino de oralidade


Leitura

(página 122)
“  E então ela disse:
   -Está uma ratazana na minha sopa!
   A rainha era, na verdade, uma alma muito simples e, durante toda a sua vida, nunca fizera mais do que constatar o óbvio.
   Morreu como viveu.
   «Está uma ratazana na minha sopa» foram as últimas palavras que ela proferiu. Apertou o peito e caiu para trás. A sua cadeira real aterrou no chão com um estrondo e o salão de banquetes explodiu. Largaram-se as colheres e arrastaram-se as cadeiras.
   -Salvem-na! - trovejou o rei. – Têm de salvá-la!
   Todos os homens do rei correram para tentar salvar a rainha.
   Roscuro saiu da tigela de sopa. Sentiu que, tendo em conta as circunstâncias, seria melhor ir-se embora.”

(página 128)
“  Mas, leitor, não podemos esquecer que o rei Phillip amava a rainha e que, sem ela, se sentia perdido. É este o perigo de amar: por mais poder que tenhamos, reinos que governemos, não podemos impedir que as pessoas que mais amamos morram. Tornar a sopa ilegal, banir as ratazanas eram coisas que acalmavam o coração do pobre rei e, por isso temos de perdoá-lo.   

Nota - li dois excertos de páginas diferentes para que se entendesse melhor a história.

Bibliografia:
DICAMILLO, Kate. A Lenda de Despereaux. Gaialivro. Vila Nova de Gaia. 5.ª Edição, Novembro de 2008

                                                                       
                                                                                                             
Dissertação

Eu falei sobre o livro que li (no momento de leitura) pois achei-o muito interessante e tem uma história que se mantém viva até ao final pelo facto de não ser um cliché (algo que se repete com tanta frequência que já se tornou previsível dentro daquele contexto) e pela maneira como o autor se dirige a nós e nos faz pensar, quase como se nos puxasse para dentro da história.
Quando comecei a ler o livro pensei que a história fosse infantil… mas enganei-me a história tem passagens muito intensas mas acessíveis a todas as idades;  acho também que em certas partes nos mostra como as crianças vêem e sentem o que os adultos fazem ou dizem e vice-versa. Durante a dissertação resumi o livro mas acho que não o devo fazer aqui, para que leiam o livro e sintam o que eu senti.





Improvisação

O meu tema de improvisação foram as bengalas linguísticas que, para quem não sabe, são as expressões repetidas usadas nos discursos nas quais nos apoiamos quando estamos nervosos, quase como se nos estivéssemos a preparar para “arrancar” para a próxima frase. Exemplos? Dizer ‘aaaah’ ou 'não é' no fim ou nas pausas de cada frase e polvilhar o que se diz com ‘pronto/prontos’,'pá' ou 'ok’.
Tal como disse durante a improvisação, eu penso que as bengalas linguísticas são quase impossíveis de eliminar e quando estamos nervosos precisamos das bengalas linguísticas para continuar a falar tal como as pessoas idosas precisam para se apoiarem ao andar.
Na minha opinião, as bengalas linguísticas acabam por ajudar, pois enquanto as dizemos, estamos a pensar no que vamos fazer a seguir.


Cátia, 10 A

Treino de oralidade


Leitura
 
Não, eu não estou aqui
Ninguém sente, todos desprezam
A presenç
a desta mulher
Que nada sente, nada transforma.
 
Não, eu não estou aqui
Não quero que vejam
Os pedaços perdidos de um destroço
Que nada tem, nada sem rumo.
 
Não, eu não estou aqui
Porque nasci e nada mudou
Uma simples existência do mais puro deserto de se ser
Que nada chora, nada há jamais para deitar.
 
Eu não quero estar aqui!
Não quero que ao levantar de outro dia
Esta mulher não queira acordar
Não quero despir da minha alma o que já nada mais há para despir.
 
Não quero caminhar por pétalas de selvagem nula sem fim
Eu não quero saber das pedras da calçada
Não quero saber desta mulher que caminha descalça,
Em que o nada é seu Senhor, em que cada vida não fala.
 
EU NÃO QUERO ESTAR AQUI,
EU NÃO QUERO QUE NADA SEJA!
PORQUE DO NADA NASCI,
DO NASCIMENTO SOFRI!
 
                                            Lúcia Batista 
                                            (Raphael)
 
Tema à escolha
            TESOUROS
 
    Foi difícil escolher algo, apesar de não faltarem ideias, mas partilhar não faz muito o meu estilo, nem mesmo em último caso.
Isto é de perceber, porque toda a gente tem os seus tesouros secretos e como tal é nosso dever protegê-los à nossa maneira e mantê-los ocultos.
    Cada pessoa é, é à sua maneira!
    Eu sou um é assim, E são os meus tesouros confidenciais ou não que formam este meu É um tanto ou quanto curioso para uns, desprezível para outros e até mesmo enojado para alguns.
Mas afinal, ninguém, nem eu, conhece todos os seus tesouros, eles tornam-se desconhecidos entre si, mesmo cá dentro,
Eu tenho os meus e tu os teus, e só há que haver respeito.
    Agora pouco me importa o quão bonita é uma simples palavra pois só digo o que me corre no intimo.
    E pouco me importa o nojo que transbordo.
 
 
Improvisação
            TESOUROS
 
    Em minha opinião, que não sei se é permitida, mas e porque não? O tema sendo "tesouros" tornou-se um bocado repetitivo, mas não  faltarão oportunidades para falar de outros assuntos, infelizmente.
Todos têm os seus tesouros, de uma maneira ou de outra, o meu, a nível físico, é o cabelo, dou muita importância e odeio que lhe toquem; de igual modo, o meu calçado!
    Dou imenso valor, e talvez demasiado, ou não, mas é com esses tesouros que eu desabafo silenciosamente e são eles que me acompanham em todas as estradas, atalhos, direcções, vias, rumos e destino. Encaixam-se em mim e eu neles, encaixam de todas as maneiras! Estão comigo quando as gotas caem em abundância em terra, quando o astro brilha pela matina, quando as folhas se deixam apanhar, quando as estradas rompem e a carne se despedaça.
    
    São as minhas botas que me levam à fatalidade e me trazem à fantasia.
 
Fazem-me do mesmo modo que o uso se gasta e Sei, sei que sim, que percebes, porque também os tens, também os reverencias.
Falando agora, de um modo geral, o tesouro de maior escala (de tamanho) é o mundo! Este a todos nos pertence, a todos nos faz falta, ou não, e é nossa obrigação livrá-lo das nossas próprias garras, essas que o ameaçam, que o vão matando vagarosamente de dia para dia.  
 

segunda-feira, 15 de março de 2010

Leitura, Dissertação, Improvisação, Treino de Oralidade


Momento da Oralidade
                                                                      (Turner)
Leitura:
Retrato de Mónica.
“Mónica é uma pessoa tão extraordinária que consegue simultaneamente: ser boa mãe de família, ser chiquíssima, se dirigente da «Liga Internacional das Mulheres Inúteis», ajudar o marido nos negócios, fazer ginástica todas as manhãs, ser pontual, ter imensos amigos, dar muitos jantares, ir a muitos jantares, não fumar, não envelhecer, gostar de toda a gente, gostar dela, dizer bem de toda a gente, toda agente dizer bem dela, coleccionar colheres séc. XVII, jogar golfe, deitar-se tarde, levantar-se cedo, comer iogurte, fazer ioga, gostar de pintura abstracta, ser sócia de todas as sociedades musicais, estar sempre divertida, ser um bom exemplo de virtudes, ter muito sucesso e ser muito séria.
Tenho conhecido na vida muitas pessoas parecidas com a Mónica. Mas são só a sua caricatura. Esquecem-se sempre ou do ioga, ou da pintura abstracta.
Por trás de tudo isto há um trabalho severo e sem tréguas e uma disciplina rigorosa e constante. Pode dizer-se que a Mónica trabalha de sol a sol.”

ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner. Contos Exemplares. Ed. Figueirinhas. Outubro 2002.

Dissertação
Tema: Pintura
É uma forma de expressão, quando se pinta um quadro quer-se transmitir alguma coisa,  retratar um momento importante, contar uma historia, mostrar um sitio…
A pintura é o meu hobby e frequento aulas de pintura há alguns anos. Lá faço todo o tipo de pintura, clássica, abstracta, impressionista, figurativa. Gosto de aprender técnicas novas e de trabalhar com óleo.
A pintura que eu mais gosto de fazer é a clássica, ou seja, representar o real. Dentro da pintura clássica gosto de fazer paisagens, para as quais normalmente me inspiro em fotografias ou mesmo noutros quadros.

Improvisação:
Tema: “Um raio de sol num dia triste.”
Este tema para mim foi difícil. Disse simplesmente que me fazia lembrar quando as pessoas se sentem tristes ou sozinhas ter um amigo com quem falar é reconfortante.

Beatriz 10ºB nº 3

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Teino de oralidade (registo)

Poema (Leitura)

Olhos Suaves, que em Suaves Dias

Olhos suaves, que em suaves dias
Vi nos meus tantas vezes empregados;
Vista, que sobra esta alma despedias
Deleitosos farpões, no céu forjados:

Santuários de amor, luzes sombrias,
Olhos, olhos da cor de meus cuidados,
Que podeis inflamar as pedras frias,
Animar cadáveres mirrados:

Troquei-vos pelos ventos, pelos mares,
Cuja verde arrogância as nuvens toca,
Cuja horrísona voz perturba os ares:

Troquei-vos pelo mal, que me sufoca;
Troquei-vos pelos ais, pelos pesares:
Oh câmbio triste! oh deplorável troca!

Bocage, em Rimas


Tema da dissertação: Suicídio
O suicídio é considerado pela maioria das pessoas como um acto de cobardia, uma maneira rápida (dependendo) e simples de fugir aos nossos problemas. O suicídio é provocado pelas nossas (seres humanos) fraquezas, somos seres carentes. É sobretudo causado pela solidão, pela pressão (testes, família, etc.), e também pelo cansaço da rotina da vida, pela falta da sensação de liberdade, só a queremos sentir.
As taxas de suicídio tendem a aumentar em épocas onde predomina o sentimento familiar e/ou amoroso, como o Natal, vésperas de ano novo e o dia de S. Valentim.



Tema da improvisação: Caderno
O caderno é um objecto muito útil que serve para apontar ideias, desde as mais criativas as mais óbvias. Existem cadernos pautados, quadriculados e também lisos. Podemos escrever, desenhar, rasgar, amachucar, fazer “30 por uma linha” a um caderno. E pena que para se fazer cadernos seja preciso destruir florestas inteiras; apesar de já existirem cadernos de papel reciclado poucas pessoas os utilizam. 

Fátima

Teino de oralidade (registo)

Momento de Leitura

“As árvores lá fora, a descansar à luz do pouco sol que espreita entre as nuvens, paisagem comum. Em cada folha de cada galho um suspiro meu. Porque teria algo tão verde de ficar soterrado em cinzento? Cinzento aqui e além, aqui e acolá. Escuro, claro, misturado com preto que cai das nuvens anunciando trovoada.
Admiro aquele mundo lá fora, enquanto que cá dentro tudo se assemelha a ele. Afinal de contas, as coisas são, como agora a Natureza, cinzentas. Nada corre como o esperado e todos e tudo o mais tentam expulsar a dor que continua entranhada nas paredes. Vive connosco, vemo-la passar e acenar-nos como se todo este stress não fosse culpa dela.
Cinzento, preto, castanho, roxo. Cores aborrecidas. Para onde foi o amarelo? O azul celeste? Ou o laranja da fogueira? Até as chamas que dançam nos troncos parecem ter perdido a vida, a sua cor. Quem sabe não terei eu também perdido a minha cor. Também me sinto cinzenta e aborrecida. O que agora precisava era de um banho de cor, perdida no azul do mar e no amarelo da areia.”

Autor: Daniela Policarpo, nº8, 10ºL.

Momento de Dissertação
(Matisse)

O meu tema de dissertação foi sobre as janelas. Esta ideia veio-me quando estava a olhar lá para fora pela janela da sala, sentada à mesa, sem saber o que escrever. Lá fora estava um dia cinzento, com a chuva a escorrer pelas janelas como caracóis pelas folhas. Com os prédios altos, gaiolas com janelas, a ilustrarem esta tela negra com uma beleza estúpida. Porém, quando olhei para cima da mesa estava um jarro de flores. Cujas pétalas eram de um amarelo vivo cor de sol, em perfeita sincronia com as suas folhas verdes de jardim.
Aquelas flores eram tão vivas e alegres… e aquela paisagem lá fora era tão negra e medonha que me lembrei das nossas emoções. A maneira única como cada um de nós vê o mundo, a maneira como o pintamos e mudamos de acordo com as nossas experiências. Porque todos nós já tivemos más experiências e aprendemos as lições que dessas advêm. Assim cada um de nós vê o mundo como gostaria que ele fosse, da maneira que o teme ou de acordo com aquilo que aprendeu e as cores reflectem isso mesmo.
Deste modo cada um de nós tem o seu olhar distinto, cada um tem a sua própria janela.


Momento de Improvisação

Para o meu momento de improvisação o tema foi as portas, directamente relacionadas com as janelas. Após um breve pensar sobre os temas que conhecia sobre portas falei (e agora dito resumidamente), sobre as portas em termos físicos e em termos mais emocionais e relacionados com o espírito. Acerca das portas em termos físicos falei sobre como estas são como um portal, que nos fazem descobrir o mundo lá fora, mas também que nos prendem cá dentro. Além disso foi falado também sobre as portas como companheiras dos móveis e do resto dos componentes de uma casa.
Elas abrem e fecham-se como queremos, podemos abri-las para as emoções, abri-las para os outros, abri-las para o amor (aqui já em termos espirituais). Simples emoções como a depressão são apenas um fechar ou eliminar de portas, ficando trancados em nós próprios. Tal como o inverso existe. Assim, o meu tema de portas foi, desde o comum conceito que damos quando pensamos em porta, até às emoções em que as portas são usadas como paredes ou escudos de protecção.
Algo que todos vivemos, mas que não associamos imediatamente ao tema das portas.




Trabalho realizado por:
Daniela Policarpo, nº8, 10ºL.

Treino de oralidade

Tema de improvisação

Humidade

Humidade; neblina; nevoeiro; bruma… mascara que a natureza impõe a paisagem ocultando as cores, formas e volumes transfigurando os sentidos e mentindo-lhes com malícia.
Humidade, esperança do quinto império, sonho de salvação e desejo de esplendor. Receio do desconhecido e do que com ele possa vir, refúgio de emoções, berço de solidão.
Desconforto, pele irisada, frio gélido e cortante… silêncio.
Clima denso, mortiço ou cheio de reflexos, violeta na cor, cinzento na tristeza.


Mafalda Garcia, nº19 10L


Leitura



Cântico negro
José Régio

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

Treino de Oralidade

Leitura:

Quem tem boca vai a Roma.
Eu fui. Aliás, este foi o meu primeiro passo importante. O maior e o mais longo deles.
Em Toma conheci a Catarina e o Manuel, a Natali e o Oliver, a Raquel e o Maurizio, a Sofia e alguns de seus namorados. Conheci também a Mariana, amiga da Denise, a Ruth e o Roberto, o Gabrielle e a Edna. E o mais importante foi ter-me reconhecido, como numa segunda pele.
O meu nome é Letícia. Nasci em Inhumas, uma pequena cidade no estado de Goiás. Apesar de toda a minha família ter nascido no Brasil, eu sempre me senti estrangeira no meu próprio país.
Sete anos de Itália fizeram-me acreditar que sou quase uma Italiana! Valores, hábitos, costumes, tradições e sensações fizeram-me acreditar que realmente eu estava vivendo uma reencarnação precoce, antes mesmo de morrer.
Quando eu era criança, eu sonhava com uma vida completamente diferente daquela que eu tinha. Queria viajar, estudar e a cada dia me sentia menos inserida na sociedade onde eu vivia.
Eu me sentia fascinada de tudo que via de diferente na TV, nas revistas, nos livros e no cinema.
O meu maior sonho desde criança sempre foi sair do Brasil. Passei quase toda a minha adolescência planeando uma viagem a outro país. O meu primeiro alvo foi o Japão. Depois os Estados Unidos, que era o sonho de todos os meus amigos naquele período. Mas infeliz ou felizmente, aos 21 anos tive a grande e primeira oportunidade real de ir para a Itália. Roma foi o meu primeiro destino.[...]"

ANTONIO,Rosana. Quem tem boca vai a Roma vol 1. Janeiro de 2007. 1º edição.




Dissertação:
Tereré
Tereré é uma bebida gelada típica do Paraguai e o que influenciou algumas regiões do Brasil por ser divisa com alguns estados brasileiros e também por terem climas muito quente. No tereré é utilizada uma erva, uma guampa e uma bomba.
A erva é cultivada, triturada e aromatizada com limão, hortelã, menta e etc...
A guampa é o recipiente usado para servir o tereré, é fabricado com parte de um chifre de bovino, com uma das extremidades lacrada com madeira ou couro de boi, e o seu exterior revestido por verniz.
A bomba é utilizada para filtrar a infusão do tereré, para que não se absorva o pó da erva triturada.
No Paraguai o tereré tem um sentido tradicional, medicamentoso e até mesmo cerimonial, e é também considerado por alguns um símbolo de amizade.


Improvisação:
"Sabores"
Sabores foi o tema em que professora me propôs, e eu decidi falar sobre os  sabores da vida.
Eu acho que a nossa vida é feita de sabores como: ácido, doce,  amargo e picante. Cada sabor, na minha opinião representa uma fase da nossa vida. Quando somos crianças, por mais que façamos birras, por mais que choremos, por tudo que fazemos, temos sempre aquela doçura de criança. Depois vem a adolescência, que eu acho que é a fase ácida e picante, é quando começamos a descobrir mais sobre a vida, quando começamos a saber mais sobre a maturidade e quando principalmente começamos a querer experimentar coisas novas. E por fim vêm o amargo, que é a fase do envelhecimento, quando por fim vemos tudo o que passamos, todas as experiências, cada momento relembrado.
Eu acho que seja qual for o sabor, seja ruim ou seja bom, é sempre bom na nossa vida. É como nas comidas, por vezes quando experimentamos algo pela primeira vez não gostamos, mas depois acabamos por nos habituar. E a vida também acaba por ser a mesma coisa.
                                                                         Bruna Gonçalves   nº4     10ºA

Treino de oralidade


Momento de Oralidade
Seg. 18 de Janeiro


Em primeiro lugar, leitura de um excerto previamente ensaiado.

     Bibliografia:

ANIMA MUNDI . Animation Now. TASCHEN's 25th anniversary special edition .
Hong Kong, Köln, Los Angeles, Madrid, Paris, Tokyo . Ed. TASCHEN . 2004

     Excerto lido na aula:

"(...) Frédéric Back
     Ele costuma dizer que nasceu com um lápis na mão. Há quem o chame de “missionário do crayon”. Frédéric Back é um animador à moda antiga, daqueles que se podem dedicar por um mês inteiro à confecção de um único plano. E que desenham por um punhado de ideias.
     Os ideais de Back são a defesa da memória colectiva e a protecção do meio-ambiente. O cinema, como ele o concebe, é um excelente média para promover a ecologia. Ele aspira, com o sucesso dos seus filmes, encorajar artistas e produtores a fazerem mais filmes sobre a relação entre homem e natureza.(,,,)"

Em segundo, uma breve exposição sobre o tema “Ligações”:

    Com a minha chegada a Portugal, em 2005, vi-me na incómoda situação de não dominar, nem pouco mais ou  menos, a Língua Portuguesa. Foi assim que a minha Directora de Turma decidiu inscrever-me imediatamente num apoio de Língua Portuguesa.
    Uma vez neste apoio conheci uma professora que se viria revelar uma excelente pessoa, e que sem a sua ajuda provavelmente não poderia ter chegado tão longe em tão pouco tempo. Infelizmente, só partilhei com ela dois anos dos três que deveria, pois chegara o tempo da sua reforma.
    É curioso, pois foi ela que me deu conhecimento da existência desta escola, falou-me nela como a escola perfeita para mim, e estava segura de que ia adorar.     As palavras dela concretizaram-se, pois tinha toda a razão.

Num terceiro e último lugar, uma improvisação sobre o tema “O Vazio”.

Mónica