sábado, 27 de fevereiro de 2010

Oficina de escrita criativa: Texto sobre a Primavera sem usar os chavões habituais



A Primavera 

Faz tudo parte de um ciclo. As estações vão e vêm. Há mudança. Nós mudamos de humor, uns ficam mais contentes, outros nem tanto. Depende. Há alegria no ar. Começamos a ter outro tipo de actividades, vestir outro tipo de roupas, etc. Tudo muda de cor, as pessoas, o ambiente, o que nos rodeia. Há o renascer e transformação do que está à nossa volta. Nada acaba, apenas sofre mudanças e se transforma. Esta mudança pode ser positiva ou negativa. Mas em tudo há um lado bom e um lado mau, basta observarmos. Os ventos que nos levaram algo são também aqueles que nos voltam a trazer outra coisa nova que aprendemos a encarar.

 
10ºB
Nº 19

Teino de oralidade (registo)

Poema (Leitura)

Olhos Suaves, que em Suaves Dias

Olhos suaves, que em suaves dias
Vi nos meus tantas vezes empregados;
Vista, que sobra esta alma despedias
Deleitosos farpões, no céu forjados:

Santuários de amor, luzes sombrias,
Olhos, olhos da cor de meus cuidados,
Que podeis inflamar as pedras frias,
Animar cadáveres mirrados:

Troquei-vos pelos ventos, pelos mares,
Cuja verde arrogância as nuvens toca,
Cuja horrísona voz perturba os ares:

Troquei-vos pelo mal, que me sufoca;
Troquei-vos pelos ais, pelos pesares:
Oh câmbio triste! oh deplorável troca!

Bocage, em Rimas


Tema da dissertação: Suicídio
O suicídio é considerado pela maioria das pessoas como um acto de cobardia, uma maneira rápida (dependendo) e simples de fugir aos nossos problemas. O suicídio é provocado pelas nossas (seres humanos) fraquezas, somos seres carentes. É sobretudo causado pela solidão, pela pressão (testes, família, etc.), e também pelo cansaço da rotina da vida, pela falta da sensação de liberdade, só a queremos sentir.
As taxas de suicídio tendem a aumentar em épocas onde predomina o sentimento familiar e/ou amoroso, como o Natal, vésperas de ano novo e o dia de S. Valentim.



Tema da improvisação: Caderno
O caderno é um objecto muito útil que serve para apontar ideias, desde as mais criativas as mais óbvias. Existem cadernos pautados, quadriculados e também lisos. Podemos escrever, desenhar, rasgar, amachucar, fazer “30 por uma linha” a um caderno. E pena que para se fazer cadernos seja preciso destruir florestas inteiras; apesar de já existirem cadernos de papel reciclado poucas pessoas os utilizam. 

Fátima

Teino de oralidade (registo)

Momento de Leitura

“As árvores lá fora, a descansar à luz do pouco sol que espreita entre as nuvens, paisagem comum. Em cada folha de cada galho um suspiro meu. Porque teria algo tão verde de ficar soterrado em cinzento? Cinzento aqui e além, aqui e acolá. Escuro, claro, misturado com preto que cai das nuvens anunciando trovoada.
Admiro aquele mundo lá fora, enquanto que cá dentro tudo se assemelha a ele. Afinal de contas, as coisas são, como agora a Natureza, cinzentas. Nada corre como o esperado e todos e tudo o mais tentam expulsar a dor que continua entranhada nas paredes. Vive connosco, vemo-la passar e acenar-nos como se todo este stress não fosse culpa dela.
Cinzento, preto, castanho, roxo. Cores aborrecidas. Para onde foi o amarelo? O azul celeste? Ou o laranja da fogueira? Até as chamas que dançam nos troncos parecem ter perdido a vida, a sua cor. Quem sabe não terei eu também perdido a minha cor. Também me sinto cinzenta e aborrecida. O que agora precisava era de um banho de cor, perdida no azul do mar e no amarelo da areia.”

Autor: Daniela Policarpo, nº8, 10ºL.

Momento de Dissertação
(Matisse)

O meu tema de dissertação foi sobre as janelas. Esta ideia veio-me quando estava a olhar lá para fora pela janela da sala, sentada à mesa, sem saber o que escrever. Lá fora estava um dia cinzento, com a chuva a escorrer pelas janelas como caracóis pelas folhas. Com os prédios altos, gaiolas com janelas, a ilustrarem esta tela negra com uma beleza estúpida. Porém, quando olhei para cima da mesa estava um jarro de flores. Cujas pétalas eram de um amarelo vivo cor de sol, em perfeita sincronia com as suas folhas verdes de jardim.
Aquelas flores eram tão vivas e alegres… e aquela paisagem lá fora era tão negra e medonha que me lembrei das nossas emoções. A maneira única como cada um de nós vê o mundo, a maneira como o pintamos e mudamos de acordo com as nossas experiências. Porque todos nós já tivemos más experiências e aprendemos as lições que dessas advêm. Assim cada um de nós vê o mundo como gostaria que ele fosse, da maneira que o teme ou de acordo com aquilo que aprendeu e as cores reflectem isso mesmo.
Deste modo cada um de nós tem o seu olhar distinto, cada um tem a sua própria janela.


Momento de Improvisação

Para o meu momento de improvisação o tema foi as portas, directamente relacionadas com as janelas. Após um breve pensar sobre os temas que conhecia sobre portas falei (e agora dito resumidamente), sobre as portas em termos físicos e em termos mais emocionais e relacionados com o espírito. Acerca das portas em termos físicos falei sobre como estas são como um portal, que nos fazem descobrir o mundo lá fora, mas também que nos prendem cá dentro. Além disso foi falado também sobre as portas como companheiras dos móveis e do resto dos componentes de uma casa.
Elas abrem e fecham-se como queremos, podemos abri-las para as emoções, abri-las para os outros, abri-las para o amor (aqui já em termos espirituais). Simples emoções como a depressão são apenas um fechar ou eliminar de portas, ficando trancados em nós próprios. Tal como o inverso existe. Assim, o meu tema de portas foi, desde o comum conceito que damos quando pensamos em porta, até às emoções em que as portas são usadas como paredes ou escudos de protecção.
Algo que todos vivemos, mas que não associamos imediatamente ao tema das portas.




Trabalho realizado por:
Daniela Policarpo, nº8, 10ºL.

Teino de oralidade (registo)


Excerto lido:
“No alto da duna o Búzio estava com a tarde. O sol pousava nas suas mãos, o sol pousava na sua cara e nos seus ombros. Ficou algum tempo calado, depois devagar começou a falar. Eu entendi que ele falava com o mar, pois o olhava de frente e estendia para ele as suas mãos abertas, com as palmas em concha viradas para cima. Era um longo discurso claro, irracional e nebuloso que parecia, com a luz, recortar a desenhar todas as coisas.
Não posso repetir as suas palavras: não as decorei e isto passou-se há muitos anos. E também não entendi inteiramente o que ele dizia. E algumas palavras mesmo não cãs ouvi, porque o vento rápido lhas arrancava da boca.
Mas lembro-me de que eram palavras moduladas como um canto, palavras quase visíveis que ocupavam os espaços no ar com a sua forma, a sua densidade e o seu peso. Palavras que chamavam pelas coisas, que eram o nome das coisas. Palavras brilhantes como escamas de um peixe, palavras grandes e desertas como praias. E as suas palavras reuniam os restos dispersos da alegria na terra. Ele os invocava, os mostrava, os nomeava: vento, frescura das águas, oiro do sol, silêncio e brilho das estrelas.”
Bibliografia:
ANDERSEN, Sophia de Mello Breyner. Contos Exemplares. Lisboa. Figueirinhas. 2004. “Homero”


Dissertação preparada:
O tema eu escolhi foi o Chocolate, pois pareceu-me um tema fácil, interessante, explorável e doce…
O chocolate pode ser consumido de diversas maneiras: comido (em tablete) ou bebido (em pó, misturado com o leite), e, antigamente era utilizado como moeda por antigos povos na América do Sul (Incas, Maias…). Existem vários tipos de chocolate: chocolate branco, de leite, negro e com frutos secos (amêndoas, etc…). No entanto só o chocolate negro contribui para o bom funcionamento do sistema circulatório, enquanto que os outros contribuem para a obesidade. Tem também propriedades anticancerígenas. Os países mais conhecidos pela produção de chocolate são a Bélgica e a Suíça, no entanto existem muito mais países produtores de chocolate, como a Finlândia ou o Brasil. Portugal, possui inclusive, quatro fábricas de chocolates.
Um estudo revela que um pedaço de chocolate a derreter na boca é mais intenso que um beijo apaixonado; aumenta mais o ritmo cardíaco e a actividade cerebral.
Fonte:
www.wikipedia.com


Improvisação:
Para a minha improvisação foi-me colocado o tema “Linguagem Corporal”.
Através de uma avaliação atenta do comportamento corporal de uma pessoa podemos perceber o que essa pessoa está a sentir ou se está a mentir ou não. Há certos movimentos de que não temos total controlo. Que, antes que os possamos suprimir, são visíveis para os outros, movimentos discretos de que nem sequer nos damos conta, como um piscar de olhos de espanto, um olhar para o chão como se procurássemos uma resposta para o que nos estão a perguntar, ou mesmo um olhar lançado para cima dizendo claramente “estou a mentir”. Gestos como estes, quando bem interpretados podem dizer-nos muito sobre uma pessoa numa determinada situação. Assim, muitas vezes, o estudo deste tipo de reacções ajudam numa sala de interrogatórios da polícia, para perceber se o interrogado está a dizer a verdade ou não, podendo isso ser crucial para o desenvolvimento do “crime”.
Alguns destes movimentos são muito perceptíveis, tais como ter as mãos a tremer, andar do lado para o outro ou em círculos, brincar com uma pulseira, um anel, etc. todos estes comportamentos nos dão a entender o nervosismo dessa pessoa.
Algumas pessoas consideram os olhos o “espelho da alma”, eu concordo pois os olhos expressam muitas das nossas emoções, muitas vezes nem nos damos conta, pois não temos capacidade para controlar.
Concluindo,  a linguagem corporal pode ser muito mais verdadeiro que a vulgar linguagem verbal, permitindo-nos assim saber mais sobre a pessoa que estamos a “analisar” e compreendê-la melhor.


Catarina Mateus
10ºA  Nº 06

Treino de oralidade

Tema de improvisação

Humidade

Humidade; neblina; nevoeiro; bruma… mascara que a natureza impõe a paisagem ocultando as cores, formas e volumes transfigurando os sentidos e mentindo-lhes com malícia.
Humidade, esperança do quinto império, sonho de salvação e desejo de esplendor. Receio do desconhecido e do que com ele possa vir, refúgio de emoções, berço de solidão.
Desconforto, pele irisada, frio gélido e cortante… silêncio.
Clima denso, mortiço ou cheio de reflexos, violeta na cor, cinzento na tristeza.


Mafalda Garcia, nº19 10L


Leitura



Cântico negro
José Régio

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

Ainda, sugestões de títulos para o projecto APARECE

Quando me perco na tristeza acendo a luz da felicidade;

Já sei o que é perder-me, agora aprendo a encontrar-me;

Daniela

Sente com quantas cores o mundo tem


Mafalda

Oficina de escrita criativa: Texto sobre a Primavera sem usar os chavões habituais

Picasso
´
A Primavera

A Primavera oferece-nos a sensação de conforto, a luz cobre-nos e leva-nos. O bom desta estação é que não nos impõe limites, e por isso voamos.
Podemos plantar, tomar banhos de sol, passear sem nos preocuparmos com a chuva… A Primavera agrada-me por ser tão fantástica e nos dar a sensação que somos felizes, que a vida é perfeita.
Para quê ficar em casa? Rebola na relva, vive!


                                                                                                                             Filipa Croce Rivera
 nº10 10ºB

Treino de Oralidade

Leitura:

Quem tem boca vai a Roma.
Eu fui. Aliás, este foi o meu primeiro passo importante. O maior e o mais longo deles.
Em Toma conheci a Catarina e o Manuel, a Natali e o Oliver, a Raquel e o Maurizio, a Sofia e alguns de seus namorados. Conheci também a Mariana, amiga da Denise, a Ruth e o Roberto, o Gabrielle e a Edna. E o mais importante foi ter-me reconhecido, como numa segunda pele.
O meu nome é Letícia. Nasci em Inhumas, uma pequena cidade no estado de Goiás. Apesar de toda a minha família ter nascido no Brasil, eu sempre me senti estrangeira no meu próprio país.
Sete anos de Itália fizeram-me acreditar que sou quase uma Italiana! Valores, hábitos, costumes, tradições e sensações fizeram-me acreditar que realmente eu estava vivendo uma reencarnação precoce, antes mesmo de morrer.
Quando eu era criança, eu sonhava com uma vida completamente diferente daquela que eu tinha. Queria viajar, estudar e a cada dia me sentia menos inserida na sociedade onde eu vivia.
Eu me sentia fascinada de tudo que via de diferente na TV, nas revistas, nos livros e no cinema.
O meu maior sonho desde criança sempre foi sair do Brasil. Passei quase toda a minha adolescência planeando uma viagem a outro país. O meu primeiro alvo foi o Japão. Depois os Estados Unidos, que era o sonho de todos os meus amigos naquele período. Mas infeliz ou felizmente, aos 21 anos tive a grande e primeira oportunidade real de ir para a Itália. Roma foi o meu primeiro destino.[...]"

ANTONIO,Rosana. Quem tem boca vai a Roma vol 1. Janeiro de 2007. 1º edição.




Dissertação:
Tereré
Tereré é uma bebida gelada típica do Paraguai e o que influenciou algumas regiões do Brasil por ser divisa com alguns estados brasileiros e também por terem climas muito quente. No tereré é utilizada uma erva, uma guampa e uma bomba.
A erva é cultivada, triturada e aromatizada com limão, hortelã, menta e etc...
A guampa é o recipiente usado para servir o tereré, é fabricado com parte de um chifre de bovino, com uma das extremidades lacrada com madeira ou couro de boi, e o seu exterior revestido por verniz.
A bomba é utilizada para filtrar a infusão do tereré, para que não se absorva o pó da erva triturada.
No Paraguai o tereré tem um sentido tradicional, medicamentoso e até mesmo cerimonial, e é também considerado por alguns um símbolo de amizade.


Improvisação:
"Sabores"
Sabores foi o tema em que professora me propôs, e eu decidi falar sobre os  sabores da vida.
Eu acho que a nossa vida é feita de sabores como: ácido, doce,  amargo e picante. Cada sabor, na minha opinião representa uma fase da nossa vida. Quando somos crianças, por mais que façamos birras, por mais que choremos, por tudo que fazemos, temos sempre aquela doçura de criança. Depois vem a adolescência, que eu acho que é a fase ácida e picante, é quando começamos a descobrir mais sobre a vida, quando começamos a saber mais sobre a maturidade e quando principalmente começamos a querer experimentar coisas novas. E por fim vêm o amargo, que é a fase do envelhecimento, quando por fim vemos tudo o que passamos, todas as experiências, cada momento relembrado.
Eu acho que seja qual for o sabor, seja ruim ou seja bom, é sempre bom na nossa vida. É como nas comidas, por vezes quando experimentamos algo pela primeira vez não gostamos, mas depois acabamos por nos habituar. E a vida também acaba por ser a mesma coisa.
                                                                         Bruna Gonçalves   nº4     10ºA

Treino de oralidade


Momento de Oralidade
Seg. 18 de Janeiro


Em primeiro lugar, leitura de um excerto previamente ensaiado.

     Bibliografia:

ANIMA MUNDI . Animation Now. TASCHEN's 25th anniversary special edition .
Hong Kong, Köln, Los Angeles, Madrid, Paris, Tokyo . Ed. TASCHEN . 2004

     Excerto lido na aula:

"(...) Frédéric Back
     Ele costuma dizer que nasceu com um lápis na mão. Há quem o chame de “missionário do crayon”. Frédéric Back é um animador à moda antiga, daqueles que se podem dedicar por um mês inteiro à confecção de um único plano. E que desenham por um punhado de ideias.
     Os ideais de Back são a defesa da memória colectiva e a protecção do meio-ambiente. O cinema, como ele o concebe, é um excelente média para promover a ecologia. Ele aspira, com o sucesso dos seus filmes, encorajar artistas e produtores a fazerem mais filmes sobre a relação entre homem e natureza.(,,,)"

Em segundo, uma breve exposição sobre o tema “Ligações”:

    Com a minha chegada a Portugal, em 2005, vi-me na incómoda situação de não dominar, nem pouco mais ou  menos, a Língua Portuguesa. Foi assim que a minha Directora de Turma decidiu inscrever-me imediatamente num apoio de Língua Portuguesa.
    Uma vez neste apoio conheci uma professora que se viria revelar uma excelente pessoa, e que sem a sua ajuda provavelmente não poderia ter chegado tão longe em tão pouco tempo. Infelizmente, só partilhei com ela dois anos dos três que deveria, pois chegara o tempo da sua reforma.
    É curioso, pois foi ela que me deu conhecimento da existência desta escola, falou-me nela como a escola perfeita para mim, e estava segura de que ia adorar.     As palavras dela concretizaram-se, pois tinha toda a razão.

Num terceiro e último lugar, uma improvisação sobre o tema “O Vazio”.

Mónica

Poemas de Marin Sorescu

http://canaldepoesia.blogspot.com/search/label/marin%20sorescu

Exercício de escrita

O príncipe tapou bem os olhos
Com força;
Meteu a cabeça no peito.
E olha desolado
Para dentro.

Em cima dele
A coroa
A sua obra imposta
Que lhe mete medo

À volta da corte
O mundo,
O resto do mundo,
Reunidos aqui e além
Segundo certas leis
Que lhe mete(m) medo

E no desespero deste
Momento universal
Está ele,
O fardo
De que sente medo



Trabalho realizado por:

Mariana Marques
Sara Cipriano
10º A

A partir do poema do poeta romeno Marin Sorescu. Os alunos tinham de substituir as palavras em falta.


O Caracol

O caracol tapou bem os olhos
Com cera,
Meteu a cabeça no peito
E olha fixamente
Para dentro.

Em cima dele
A casca —
A sua obra perfeita
Que lhe mete nojo —

À volta da casca
O mundo,
O resto do mundo,
Disposto aqui e além
Segundo certas leis
Que lhe mete nojo —

E no centro deste
Nojo universal
Está ele —
O caracol,
De que sente nojo.

in Simetria

Mini-léxico relacionado com graffiti


Graffiti

  • Asdolfinho - Novo estilo de grafite desenvolvido por americanos, no qual é visada a pintura animal.
  • Backjump - Comboio pintado em circulação, enquanto está parado durante o percurso (numa estação por exemplo).
  • Bite - Cópia, influência directa de um estilo de outro writer.
  • Bombing - Grafite rápido, associado à ilegalidade, com letras mais simples e eficazes.
  • Bubble Style - Estilo de letras arredondadas, mais simples e "primárias", mas que é ainda hoje um dos estilos mais presentes no grafite.
  • Cap - Cápsula aplicável às latas para a pulverização do spray. Existem variados caps, que variam consoante a pressão, originando um traço mais suave ou mais grosso (ex: Skinny", "Fat", "NY Fat Cap", etc).
  • Characters - Retratos, caricaturas, bonecos pintados a grafite.
  • Crew - "Equipa", grupo de amigos que habitualmente pintam juntos e que representam todos o mesmo nome. É regra geral, os writers assinarem o seu tag e respectiva crew (normalmente sigla com 3 ou 4 letras) em cada obra.
  • Cross - Pintar um graffite por cima de um trabalho de um outro writer.
  • Degradé - Passagem de uma cor para a outra sem um corte directo. Por exemplo uma graduação de diferentes tons da mesma cor.
  • End to end - Carruagem ou comboio pintado de uma extremidade à outra, sem atingir a parte superior do mesmo (por ex. as janelas e parte superior do comboio não são pintadas).
  • Fill-in - Preenchimento (simples ou elaborado) do interior das letras de um grafite.
  • Hall of Fame - Trabalho geralmente legal, mural mais trabalhado onde normalmente pinta mais do que um artista na mesma obra, explorando as técnicas mais evoluídas.
  • Highline - Contorno geral de toda o grafite, posterior ao outline.
  • Hollow - Grafite ou Bomb que nao tem fill (preenchimento) algum e, geralmente, é ilegal
  • Inline - Contorno das letras, realizado na parte de dentro das letras.
  • Kings - Writer que adquiriu respeito e admiração dentro da comunidade do grafite. Um estatuto que todos procuram e que está inevitavelmente ligado à qualidade, postura e anos de experiência.
  • Outline - Contorno das letras cuja cor é aplicada igualmente ao volume das mesmas, dando uma noção de tridimensionalidade.
  • Roof-top - Grafite aplicado em telhados, outdoors ou outras superfícies elevadas. Um estilo associado ao risco e ao difícil acesso, mas que é uma das vertentes mais respeitáveis entre os writers.
  • Spot - Denominação dada ao lugar onde é feito um grafite.
  • Tag - Nome/Pseudónimo do artista.
  • Throw-up - Estilo situado entre o "tag"/assinatura de rua e o bombing. Letras rápidas normalmente sem preenchimento de cor (apenas contorno).
  • Top to bottom" - Carruagem ou carruagens pintadas de cima a baixo, sem chegar, no entanto, às extremidades horizontais.
  • Toy - O oposto de King. Writer inexperiente, no começo ou que não consegue atingir um nível de qualidade e respeito dentro da comunidade.
  • Train - Denominação de um comboio pintado.
  • Whole Train - Carruagem ou carruagens inteiramente pintadas, de uma ponta à outra e de cima a baixo.
  • Wild Style - Estilo de letras quase ilegível. Um dos primeiros estilos a ser utilizado no surgimento do grafite.
  • Writer - Escritor de grafite.   

  • Informação enviada por Miguel Capote